é o desperdício de não estar nu
Esse não sente a brisa da calmaria passar
Pelas correntes e curvas que sua pele habita.
O corpo vazio é feito de cera
na brasa quente se perde e evapora.
Ele implora e grita, mas não para fora
Não sente dor, nem mesmo chora.
Esparrama-se em seus desalentos pelos cantos
não sente fome,
Não quer ver nascer aurora.
Em todo inverno murcha a rosa
Beija-se os lábios secos da saudade quente
No suor da pele que se molha
No mesmo inverno é onde mais se goza.
Mas em rodeios o corpo vazio se inerte
Com todo peso em suas costas.
O corpo vazio não tem sede, não tem fome
O corpo vazio é o homem.
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