quinta-feira, 13 de junho de 2013



















é tão bom que irá encontrar a perfeição
irá virar um anjo em vida
irá desejar ter asas e voar
isso o deixará insatisfeito
e ele deixará de ser perfeito, de novo.







sábado, 8 de junho de 2013


A pessoa que é de todo sorriso
Têm os lábios mais macios
Neles moram cores, sabores, amores
e  nascem os calafrios.

A pessoa que é de todo sorriso
pode ser pobre,
mas não de espírito.
Vê-se em seus sorrisos
qualquer coisa,
menos motivo nenhum
dentro de si lhes é descrito.

A pessoa que é de todo sorriso
Se parece a luz mais bonita
refletida em nossa janela
Se parece tão verdade
a ser inacreditável.

A pessoa que é de todo sorriso
Não sabe disso, nem nunca aprenderá
Não existe a falsa/i dade para sorrir
Elas não inventaram um jardim
pois já sempre estiveram entre as flores.

Esses raros sorrisos que nos acompanham
Mesmo no dia do seu embarque
Vão sem saber que estão ficando
Vão sem saber se eternizando.
Vão sem saber...
deixar saudade.






quarta-feira, 5 de junho de 2013

Como é bonito olhar o céu
Noites claras
Como a pele em que me aconchego.
Um campo escuro cercado de vaga-lumes.
A brisa fria
Que fazes a brasa aumentar mansamente.

O repouso sagrado e necessário
Qual nos aflige da cabeça aos pés

Com que esplendor amanhece o dia
Silencioso e lento no despertar do sonho.
Agraciada sensação da mente
Gozando para fora
O quão a alma se está contente.

Que venha mansa e serena
As palavras que serão palpitadas
Ao pé do ouvido.
Faremos da terra e do céu,
Um corpo apenas...
Desdobrando-se
Pelos galhos secos que se farão floridos.

Como é bonito te ver entre tudo isso
minha pequena
dona de meus mais divinos apegos.







_Soneto para mãe luz


terça-feira, 4 de junho de 2013

O corpo vazio
é o desperdício de não estar nu
Esse não sente a brisa da calmaria passar
Pelas correntes e curvas que sua pele habita.

O corpo vazio é feito de cera
na brasa quente se perde e evapora.
Ele implora e grita, mas não para fora
Não sente dor, nem mesmo chora.

Esparrama-se em seus desalentos pelos cantos
não sente fome,
Não quer ver nascer aurora.

Em todo inverno murcha a rosa
Beija-se os lábios secos da saudade quente
No suor da pele que se molha

No mesmo inverno é onde mais se goza.
Mas em rodeios o corpo vazio se inerte
Com todo peso em suas costas.

O corpo vazio não tem sede, não tem fome
O corpo vazio é o homem.