domingo, 3 de junho de 2012

utopia & lampejos
composto por: Henr t. farro


Quando descobre-se o sentir
Um desejo culminante de abrir asas
e voar até tocar o céu, é nascido.
Talvez o último lampejo aguardado
utópico, em correção de que
como fábulas pode ser meramente apagado
ou facilmente envelhecido.

Quando descobre-se tal sentir
descrito em minuciosos contos da vida
arrasta-se em tamanhos quarterões
filas incontáveis e cenas clássicas.
As caras nos trajes, as cores dos sapatos
vê-se a dança, o piscar dos olhos
vê-se como distante de tal monotonia

Quando descobre-se tal sentir
Feito como sacudida de lençol para cima
sentado na cadeira esperando alguém
que se encarregará de abrir a cortina.
E lá estarão pequenas epifanias do dia
lá estarão barulhos, cores e melodia.

Será o primeiro ninho aquecido no inverno
A sensação quente do aconchego
O brilho do sol quente na pele

Quando descobre-se tal sentir
os olhos se distraem e assim anseiam-se
mas o que já nem é visto com clareza
se veras uma taça ou
era um laço posto sobre a mesa

Se levam todas e quaisquer verdade
se compreende mais que suspiros fazendo-nos alarde
Torna-se a entorpecente, a póstuma clareza
composta por uma doce e suave leveza
Torna-se o livro mais encantado
o principal personagem
é encarnado

Perante todos os dias
o primeiro retorno de luz quando amanhece
até o último raio de sol
que permanece.



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