quinta-feira, 1 de março de 2012

Oceano das palavras
by: Henrique t. f


Me dizes versos como quem sente
Dizes, às vezes por sentir medo

Dize-me tantas vezes com desalento
Em meias euforias, meias utopias
Dizes aos prantos seu descontentamento...

Ora, e eu o que digo em meio escrúpulos?
Acolhido aos devaneios...
Ao exacerbo da voz ativa, cansada... sussurrada...
Caprichos, rentes da palavra má expressada

Dizes, dizes... o que queres de mim agora?
Não atravessai tão longe pra tardar a ir embora!
A ser banido pela monotonia...
Aquieta-se um tempo, até encontrarmos a doce aurora.

Dize-me com ar de persuasão, ternura, tesão
Mas ah... quantas palavras, amada...
Serão efêmeras? irão deixar pegadas?

Fazei de nós uma razão
Não um motivo crente
Fazei de nós mais que uma palavra encontrada
Um oceano pacifico...
até não precisar dizer mais nada.


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